Ganhamos cinco CAPEs Regionais

Começa amanhã o funcionamento dos CAPEs Regionais, eles farão o atendimento aos alunos do polo de cinco regiões de São Paulo:
Sorocaba
Itaquaquecetuba
Franca
Campinas Oeste
São Bernardo do Campo
Os CAPEs Regionais tem como objetivo:
Garantir o suporte de inclusão dos alunos deficientes, altas habilidades e transtorno global do desenvolvimento.
Realizar avaliação e articular encaminhamentos
Orientar e subsidiar as famílias, professores e a comunidade.
Mapear os recursos na comunidade para fazer os encaminhamentos.
A composição da equipe é de:
1 Professor Coordenador
1 Fonoaudiólogo
1 Psicólogo
1 Terapeuta Ocupacional
1 Psicopedagogo
1 auxiliar administrativo
Nossa Diretoria de Ensino está vinculada a Região de Campinas Oeste.
Teremos as colegas:
Kelly Cristina - Auxiliar Administrativa
Nathalia Bertolloto - Fonoaudióloga
Tatiane Rodrigues - Psicóloga
Renata Souza - Psicopedagoga

                                                   Wania, Bete e Denise Arantes ( responsável pelo projeto)

Supervisoras Ariane e Eliana

                                            Equipe da DE - Campinas Oeste

Wania, Bete e Marisa

RENATA, TATIANE, NHATALIA E KELLI
Desejamos um feliz início de trabalho e desejamos que a equipe tenha sucesso nesse novo projeto da SEE em parceria com FFM.

Guia Prático: O Direito de todos à educação


No último encontro do CAPE os promotores de Justiça Júlio César Botelho e João Paulo Faustinone e Silva palestraram sobre a construção de política pública clara e efetiva de  educação para todos, acolhidas e valorizadas as diferenças na escola e garantidos os suportes necessários e que o Ministério Público vem dialogando com a Secretaria Estadual de Educação cobrando essas ações. Foi apresentado e disponibilizado aos presentes o Guia Prático: O Direito de todos à educação, lançado recentemente durante Seminário promovido pelo Ministério Público, o guia prático retrata o que os autores pensam em comum sobre o tema, “a publicação foi a convicção de que é possível lutar por uma escola inclusiva, “direito não somente a matrícula, mas a escola com qualidade, porque escola tem que ser inclusiva”. O guia prático é um documento importante para nortear o trabalho da Educação Inclusiva

Atividade de alfabetização com o uso de site educacional

Estive na semana passada desenvolvendo um trabalho de alfabetização e achei um site muito legal, ai resolvi seguir o conselho de minha formadora e colocar aqui o meu passo a passo:
1. Dados de Identificação:

Site: http://www.kidleitura.com/cartum/index.htm
Atividade do site:Atividade de leitura e escrita
Período de desenvolvimento da atividade:08/04 a 12/04


2. Características sensoriais e cognitivas são exigidas do aluno para a realização da atividade: a aluna que vai desenvolver a atividade tem Síndrome de Down e também baixa visão. Está sendo atendida na sala de recurso três vezes por semana no horário contrário de aula da escola regular. A aluna é pré silábica, teve algumas complicações com a saúde, faltou bastante e no momento encontra-se com dificuldade de identificar as letras. Estou retomando os conteúdos trabalhados anteriormente.

3. Habilidade a ser desenvolvida:
Utilizar a linguagem na escuta e produção de textos orais e na leitura e produção de textos escritos, de modo a atender a múltiplas demandas sociais, responder a diferentes propósitos comunicativos e expressivos.

4. Objetivos: Aprender a ler e escrever através de situações reais fazendo uso da tecnologia

5. Conteúdo: alfabeto no site: http://www.kidleitura.com/alfabeto_bastao.htm, lista de nomes de colegas da sala de aula regular, atividades com alfabeto móvel ( usando o teclado do computador)

6. Desenvolvimento da atividade:


a. Entrar no site kidleitura e apresentar a atividade.

b. Passar pelas letras bastão, escutar e interagir com as atividades.

c. Solicitar que escreva o nome de alguns colegas da sala de aula regular.

d. Selecionar as atividades de tirinhas para fazer as atividades orais e escrita.

7. Recursos de apoio (por exemplo, tecnologia assistiva): Utilizar o recurso de acessibilidade do Windows (lupa)

8. Estratégias de acompanhamento da atividade: desenvolvi as atividades com a aluna no computador, dei apoio frequente. Ela demonstrou muito interesse em desenvolver as atividades, ficava surpresa quando a letrinha falava. Precisei recolar a atividade várias vezes. Na atividade de tirinha tive a ideia de trabalhar com o Haga-que, mas ainda não consegui fazer com que ela avance na construção de uma historinha.

9. Observações: O apoio da lupa, ajuda muito na execução das atividades que propus. O site apresenta as letrinhas em tamanho grande o que facilitou o acesso da aluna.

Foi um trabalho bem gostoso de realizar.
                                                                                    

 

Prefeitura de Jundiaí - Inclusão


O Instituto Paradigma iniciou um trabalho de assessoria técnica e Secretaria de Educação e Esportes do Município de Jundiaí, para a implantação de uma política de educação inclusiva na rede municipal de ensino, em todas as suas modalidades de ensino, viabilizando assessoria técnica a equipe gestora para o planejamento e implantação das Salas de Atendimento Educacional Especializado ; da equipe multidisciplinar de profissionais que darão apoio técnico aos professores e escolas da rede, em relação ao processo de inclusão, e ao atendimento das demandas dos alunos com necessidades educacionais especiais. Além disso, o projeto prevê a organização e gestão das parcerias locais, buscando ampliar a inclusão social destes alunos e promover a equiparação de oportunidade de participação de todos os alunos no processo educacional.


Caracterização do Município:


Nº de escolas: 112 (2012)

Nº de professores: 1.918 (2012)

Nº de alunos com deficiência: em 2010 havia 367 alunos com deficiência. Em 2012, havia 422 alunos.



Objetivo:


Assessorar tecnicamente a equipe da Secretaria Municipal de Educação e Esportes de Jundiaí – SMEE - na elaboração de estratégias que contribuam para implantação de uma política de educação inclusiva na rede municipal de ensino.



Assessoria a liderança e aos gestores:



O trabalho iniciou-se e perpassou a assessoria na revisão do documento orientador da Política Municipal de Educação Inclusiva com foco na adequação e implantação das diretrizes nacionais do MEC para a educação inclusiva. Realizou-se o acompanhamento da implantação das rotinas de trabalho das equipes e o alinhamento das estratégias das ações do projeto. Alinhado o marco legal e os processos de trabalho, ocorreu a assessoria na realização do processo seletivo para a formação das equipes de Professores de Apoio e Professores do AEE. O trabalho envolveu a revisão do edital, construção do instrumento de avaliação técnica, realização da dinâmica de grupo e divulgação dos aprovados.

Periodicamente, ocorrem reuniões de acompanhamento destes processos, que se complementam e são aprimorados ao longo de todo o projeto.





Acessibilidade:



A.Pedagógica



Realizou-se um processo de visitas às salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE) com o objetivo de orientar a Secretaria de Educação, por meio da equipe do Núcleo de Políticas Públicas de Inclusão (NPPI) e dos Diretores e Coordenadores Pedagógicos, quanto ao trabalho realizado no que tange às seguintes questões: condições de acessibilidade das salas, das escolas e do entorno; processo de encaminhamento dos alunos para atendimento; contato com pais e professores.





Formação:



Foram envolvidos nas ações de formação as equipes de Professores de Apoio e Professores de Atendimento Educacional Especializado (AEE), professores e coordenadores pedagógicos, professores e coordenadores das escolas da rede municipal que atuam diretamente com alunos com diagnóstico/hipótese diagnóstica de Transtornos Globais de Desenvolvimento (TGD), além dos próprios pais destes alunos.



Os temas das formações versaram sobre dificuldades de aprendizagem/transtornos funcionais específicos, consciência fonológica, mediações pedagógicas inclusivas, flexibilização curricular na sala de aula e sexualidade da pessoa com deficiência, dentre outras.



Com isso, em 2011, houve a realização de 19 formações sobre diferentes temas, totalizando 104 horas de formações e envolvendo 654 participantes. Em 2012, houve a realização de 29 formações, totalizando 88 horas e envolvendo 894 pessoas.



Supervisão Técnica Especializada



Equipe escolar

Ocorreu o monitoramento dos encaminhamentos das demandas pedagógicas e especializadas para viabilizar os atendimentos específicos, material adaptado e ajudas técnicas necessárias para apoiar os alunos com deficiência nas rotinas escolares, além da discussão sobre as possibilidades de construção de mediações pedagógicas para consolidar as práticas da escola na perspectiva da educação inclusiva.



Disseminação da informação e boas práticas:



Organização de registros e processos

Ocorreu a análise dos documentos oficiais da Secretaria de Educação com relação ao registro da evolução dos alunos com deficiência e dificuldades de aprendizagem. Esse processo envolveu o planejamento, tratamento e análise dos dados destes alunos.









Como Utilizar Blog Pedagogicamente



Como me utilizar nas práticas escolares cotidianas?

Há uma infinidade de possibilidades de uso pedagógico ou de suporte às atividades do professor com o meu pacote de escritório. Abaixo procurarei listar algumas, mas outras sugestões de usos serão bem-vindas e podem ser feitas nos comentários:

1. Uso do editor de texto: o editor de texto, além do óbvio uso como editor de textos mesmo, também permite a criação de textos compartilhados. Assim, por exemplo, o professor pode propor a criação de textos de forma colaborativa por equipes de alunos e criar um doc compartilhado por todos de uma mesma equipe e pelo professor. Permito que até dez pessoas editem um documento simultaneamente e esse documento pode ser compartilhado com até 200 pessoas. Essa possibilidade de uso e edição compartilhada é útil para, entre outras possibilidades:

o propor a realização de trabalhos em grupo;

o propor produção de textos colaborativos;

o criar glossários dinâmicos.

2. Uso das planilhas eletrônicas: as planilhas eletrônicas também podem ser compartilhadas e editadas simultaneamente, o que permite usos parecidos com o do editor de textos e outros mais apropriados para as funcionalidades de uma planilha, como a disponibilização de notas e mesmo de uma lista de presença que pode ser preenchida pelo professor e disponibilizada instantaneamente para os pais dos alunos ou para a secretaria da escola. Outros usos possíveis são:

o disponibilizar atividades que possam ser realizadas com o uso de planilhas eletrônicas. Esse caso é especialmente interessante para a disciplina de matemática, pois além de possibilitar uma melhor compreensão da aritmética e da álgebra, também permite a criação de gráficos e a compreensão de seu funcionamento;

o os gráficos gerados a partir das tabelas também são especialmente interessantes para disciplinas que os utilizam bastante, como a física, a biologia e a geografia;

o uso como “banco de dados”, pois as planilhas eletrônicas permitem armazenar dados de forma organizada, recuperá-los de forma simples e manipulá-los de forma automatizada, mesmo em se tratando de muitos dados.

3. Uso de apresentações de slides: as apresentações de slides são particularmente interessantes como ferramenta de apresentação de conteúdos, informações e esquemas didáticos com um visual atraente. Permito também que se faça edição colaborativa dessas apresentações e que elas sejam compartilhadas online. Algumas possibilidades de uso para as apresentações de slides são:

o produção de conteúdos didáticos pelo professor, esquemas didáticos e resumos;

o produção e apresentação de trabalhos pelos alunos (lembrando que a edição compartilhada facilita o trabalho colaborativo de grupos de alunos);

4. Uso dos formulários online: meus formulários online estão associados à planilhas e constituem um meio simples e rápido de coletar informações, gerar apresentações gráficas e análises estatísticas de dados. Alguns usos possíveis:

o produzir questionários socioeconômicos dos alunos;

o produzir diagnoses e pesquisas com os alunos ou com os pais, pois os formulários podem também ser acessados da casa dos alunos;

o produzir pequenos testes e provas, ou atividades que os alunos possam realizar de forma autônoma e fora da escola.

Grande parte da documentação do professor (caderneta escolar, listas de chamada, planejamentos, etc.) pode ser colocada na Internet e compartilhada publicamente. Pesquisas, diagnoses, testes e avaliações podem ser gerados e depois utilizados diretamente pela Internet. Os alunos podem produzir trabalhos de forma colaborativa e usar as ferramentas de um pacote completo de escritório mesmo que os seus computadores não possuam nenhum. Até mesmo a própria secretaria, a coordenação e a direção da escola podem usar essa ferramenta web 2.0 para produzir, disponibilizar e compartilhar documentos (como o horário de aulas, o calendário escolar, etc.), e com a vantagem de não ter que hospedar esses documentos localmente.

Documentos específicos e particulares também podem ser armazenados em mim, mas aí deixamos de lado os fins pedagógicos e educacionais dessa ferramenta, por isso não vou entrar nos detalhes desse tipo de uso.

Posso permitir atualmente que qualquer tipo de arquivo seja armazenado nele e compartilhado na web. Isso nos possibilita criar uma biblioteca compartilhada a partir de uma pasta pública. Além disso, a estrutura dessas pastas tem a mesma apresentação da estrutura de pastas de um HD de um computador comum e facilidades como “arrastar e soltar”, “copiar e colar”, etc. Resumindo: é tudo muito intuitivo e prático.

Também vale lembrar que tudo está em português e que meu sistema de ajuda é muito bom.

Se você ainda não me usa e outras ferramentas web 2.0, meus irmãos, talvez esse seja o momento de começar a usá-las. A aprendizagem é rápida e não requer nenhum tipo de curso ou formação específica. Já para aprender a usar editores de texto, planilhas eletrônicas e geradores de apresentação de slides, sugiro uma busca simples na própria Internet e, se necessário, peça ajuda aos seus alunos (eles certamente saberão ajudá-lo).



Fonte: http://godocs.blogspot.com.br/2011/09/posso-ser-utilizado-pedagogicamente_20.html

PRIMEIRA PROFESSORA DOWN...

02/03/2013 07h51 - Atualizado em 02/03/2013 17h44

1ª professora com Down do país defende inclusão em escola regular

Débora Seabra, de 31 anos, é professora assistente em Natal (RN).
'A escola regular me fez sentir incluída', diz.

LEIA A MATÉRIA NA INTEGRA NO G1....MUITO BACANA O DEPOIMENTO !!!!
G1 ESTÁ DE PARABÉNS PELA DIVULGAÇÃO !!!!

Inclusão de alunos na escola, cresce o desafio - MATERIA PUBLICADA NO G1

02/03/2013 07h49 - Atualizado em 02/03/2013 11h43

Alunos com síndrome de Down e autismo exigem professores capacitados.
Fã de Sean Penn, ator de 'Colegas' estudou em escola especial.

Ana Carolina Moreno e Vanessa Fajardo Do G1, em São Paulo
 
                        
O ator Ariel Goldenberg, de 32 anos, espera que o premiado “Colegas”, que estreou nesta sexta-feira (1º) no cinema, contando as aventuras de três jovens com síndrome de Down que fogem de uma instituição assistencial (veja a crítica do filme), chame a atenção para a inclusão das pessoas com deficiência intelectual na sociedade, a começar pela escola. “Queremos que as pessoas olhem para os deficientes com outros olhos”, diz Ariel, que ficou famoso nas redes sociais após a divulgação do sonho de receber uma visita do ator norte-americano Sean Penn.
A presença cada vez maior de alunos com deficiência intelectual no sistema educacional convencional está obrigando as escolas a adaptarem seus conceitos pedagógicos.
Lettícia da Silva Santos Azevedo, de 7 anos, tem síndrome de Down e estuda na Escola Municipal Celso Leite Ribeiro Filho, em São Paulo (Foto: Raul Zito/G1)
Segundo o Censo Escolar, entre 2005 e 2011, as matrículas de crianças e jovens com algum tipo de necessidade especial (intelectual, visual, motora e auditiva) em escolas regulares cresceu 112% e chegou a 558 mil. O Censo Escolar não diz quantas destas matrículas são de alunos com síndrome de Down, outra deficiência intelectual ou autismo. O Censo do IBGE, porém, aponta que, em 2010, 37% das crianças com deficiência intelectual na idade escolar obrigatória por lei (5 a 14 anos) estavam foram da escola, número muito superior à média nacional, de 4,2%.
Outro indicador do aumento da inclusão: as matriculas das crianças com deficiência em escolas especializadas e as classes exclusivas nas escolas comuns caiu 48% de 2005 para 2011, quando foram registradas 193 mil matrículas.
A escola é a instituição responsável por introduzir a criança na vida pública. E você não pode dizer que esse aqui vai ser introduzido na vida pública e esse não"
Maria Teresa Eglér Mantoan,
coordenadora do Leped-Unicamp
Apesar de a inclusão de crianças e jovens com algum tipo de deficiência nas escolas regulares ter aumentado nos últimos anos, são grandes os desafios de preparar os professores para mantê-las na sala de aula com os demais colegas, e de receber as crianças que ainda estão excluídas.
O modelo de só transmitir o conhecimento do currículo básico já não é mais suficiente. Segundo a professora Maria Teresa Eglér Mantoan, coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diversidade (Leped) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a inclusão aparece para mostrar que todas as pessoas são diferentes, algo que a escola não quer conceber. “O senso comum nos faz pensar muito mais na identidade do que na diferença, porque é muito mais fácil. Mas a diferença se apresenta, e você tem que lidar.”
O ator Ariel Goldenberg e a mulher dele, Rita Pokk,
protagonistas do filme 'Colegas' (Foto: Raul Zito/G1)
Segundo ela, o mais importante para uma criança com deficiência não é aprender o mesmo conteúdo que as outras, mas ter a possibilidade de aprender a colaborar, ter autonomia, governar a si próprio, ter livre expressão de ideias e ver o esforço pelo que consegue criar ser recompensado e reconhecido. “A escola é a instituição responsável por introduzir a criança na vida pública. E você não pode dizer que esse aqui vai ser introduzido na vida pública e esse não”, diz a educadora.
Escola regular ou especial?
Na década de 1980, quando o ator Ariel era menino, prevalecia o conceito de que crianças como ele deveriam estar em instituições exclusivas para dar assistência à suas necessidades, e não em uma escola regular. Ariel chegou a fazer o maternal em uma escola comum, mas foi matriculado aos cinco anos na Associação para o Desenvolvimento Integral do Down (Adid), onde seus “colegas” também tinham a mesma síndrome que ele.
ENTENDA A DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
O que é?
Na Deficiência Intelectual a pessoa apresenta um atraso no seu desenvolvimento, dificuldades para aprender e realizar tarefas do dia a dia e interagir com o meio em que vive.
Como acontece?
É resultado, quase sempre, de uma alteração no desempenho cerebral, provocada por fatores genéticos, distúrbios na gestação, problemas no parto ou na vida após o nascimento.
Principais tipos
Alterações cromossômicas e gênicas, desordens do desenvolvimento embrionário ou outros distúrbios estruturais e funcionais que reduzem a capacidade do cérebro.
O que é Síndrome de Down?
É uma alteração genética que ocorre na formação do bebê, no início da gravidez. O grau de deficiência intelectual provocado pela síndrome é variável. A linguagem fica mais comprometida, mas a visão é relativamente preservada. As interações sociais podem se desenvolver bem, no entanto, podem aparecer distúrbios como hiperatividade e depressão.
Quais são outras deficiências intelectuais?
Síndrome do X-Frágil, índrome de Prader-Willi, Síndrome de Angelman, Síndrome Williams, entre outras.
O que é autismo?
O que caracteriza o autismo são aspectos observáveis que indicam déficits na comunicação e na interação social, além de comportamentos repetitivos e áreas restritas de interesse.
Fontes: Apae-SP e Associação de Amigos do Autista
“Apesar de ser politicamente correta a inclusão, acho que às vezes os pais focam tanto na inclusão que esquecem o incluído. Achei que era melhor ele estudar em uma escola que estivesse no ritmo dele”, explica a artista plástica Corinne Goldenberg, mãe de Ariel, que se preocupava com o possível sofrimento de ver o filho ficar para trás em relação aos demais alunos. “O que o Ariel aprendeu, ele aprendeu na escola especial.”
Naquela época, era comum que as escolas recusassem a matrícula de alunos especiais. Foi o que aconteceu com Rita Pokk, “colega” de Ariel no filme e esposa do ator na vida real. “Bateram a porta na cara da minha mãe um monte de vezes”, relembra Rita, hoje com 32 anos. Ela conseguiu ser matriculada em uma escola particular aos 12 anos, depois de muito esforço da mãe. Para que a filha, já maior de idade, pudesse frequentar a quinta série no supletivo, a mãe precisou se matricular, fazer as provas e assistir às provas com a filha. Na sétima série, Rita percebeu que o currículo estava avançado demais para ela, e trocou a escola regular pela Adid para fazer amigos. Lá, ela fez teatro e conheceu Ariel.
Hoje, a ONU e o governo brasileiro defendem que o lugar de todas as crianças é a escola convencional. O modelo aplicado pela rede pública de ensino é estruturado de forma a manter os alunos especiais na sala comum, mas com atividades de apoio individualizadas no contraturno, já que o aluno com deficiência intelectual tem outro ritmo de aprendizado, que em geral não corresponde ao que a escola está acostumada a esperar. Edna dos Santos Azevedo, mãe da aluna Lettícia, de 7 anos, diz que a filha matriculada na Emef Celso Leite Ribeiro Filho, na região central de São Paulo, exige mais atenção e paciência para aprender.
Lettícia está integrada aos outros colegas e tem as
mesmas exigências que eles (Foto: Raul Zito/G1)
'Tem de se sentir igual'
Edna, no entanto, nunca cogitou matricular a menina em uma escola especial. “A evolução da Lettícia [em uma instituição só para alunos especiais] teria sido mínima, ela é muito esperta.” Para a mãe, a convivência com as outras crianças só traz vantagens. Ela diz que a filha nunca sofreu preconceito ou bullying por parte dos colegas. Pelo contrário, é querida pelos amigos, que se oferecem para ajudá-la em várias situações e se preocupam quando ela falta à escola.
A garota reconhece todas as letras do alfabeto, lê e escreve algumas palavras e aprendeu a falar as cores em inglês. Na aula, a professora Maria Luiza de Oliveira Marques diz que Lettícia participa das atividades e interage na hora da leitura. “Ela é bem resolvida e independente”, diz a professora. A deficiência não é motivo para que Lettícia seja poupada de alguma regra na escola. “Lettícia tem de se sentir igual, se a cobrança não for igual, não há inclusão”, diz a vice-diretora da Celso Leite Ribeiro, Leni Aparecida Villa.
Além da escola, Lettícia faz atividades na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de São Paulo para estimular raciocínio e coordenação motora. Com anos de experiência no trato com crianças e jovens com deficiência intelectual, Valquíria Barbosa, gerente de serviço sócio-assistencial da Apae de São Paulo, afirma que a criança com deficiência exige aulas mais lúdicas, repetições e um currículo flexível. Na ausência desses itens, a verdadeira inclusão fica comprometida.
Crianças não têm preconceito, elas aceitam os colegas. O adulto, sim, precisa saber lidar com isso"
Valquíria Barbosa,
gerente da Apae-SP
Para Valquíria, a escola especial teve sentido em uma época em que não havia informação e não se sabia quais caminhos seguir, agora não mais. “A pedagogia evoluiu, novos caminhos foram descobertos”, diz a especialista, reafirmando que, para ela, a escola regular é a melhor alternativa.
“É claro que a família tem receio de como a criança vai ser recebida no ambiente, da preocupação de quem serão seus amigos, de como vai se relacionar. Mas crianças não têm preconceito, elas aceitam os colegas. O adulto, sim, precisa saber lidar com isso.”
Lenin dos Santos, de cinco anos, tem autismo; depois de uma experiência pouco proveitosa em uma escolinha de bairro, ele agora estuda em um centro especializado de manhã e na rede pública à tarde
(Foto: Raul Zito/G1)
‘Aprendeu mais com o iPad do que na escola’
O preparo dos adultos, no caso, os professores, no entanto, ainda não chegou a todas as escolas, como já prevê a legislação. Adriana Moral Ramos, coordenadora do Centro Terapêutico Educacional Lumi, especializado em pessoas com autismo e localizado no bairro do Butantã, Zona Oeste da capital paulista, afirma que a maior parte dos alunos que chegam até ela vem justamente de más experiências em escolas regulares. “Os pais escolhem a escola convencional para se aproveitarem do currículo regular, mas depois optam pela especializada para [a criança] não sofrer bullying. No caso do autismo, ainda existe muito preconceito, as escolas acham que, com os problemas de comportamento, o aluno vai desestruturar a sala de aula.”
Depois de ver o filho Lenin retido com crianças mais novas em uma escolinha particular no bairro onde mora, e nas mãos de professores sem formação para atender às suas necessidades, o designer Eduardo Ferreira dos Santos, de 30 anos, decidiu colocá-lo em mãos mais experientes. “Ele aprendeu muito mais sozinho com o iPad em casa do que na escola”, afirmou Santos.
Neste ano, o designer matriculou o filho de cinco anos no Centro Lumi. Para pagar a mensalidade de R$ 1.485, Santos publicou um pedido na internet para receber doações de amigos. Em algumas semanas, conseguiu levantar cerca de R$ 8 mil, mas vai necessitar de R$ 19 mil para manter o filho na escola especial durante um ano. Agora, o designer tenta encontrar uma empresa disposta a pagar a mensalidade do menino e deduzir o gasto do imposto de renda.
Lenin vai ao Lumi pela manhã, e à tarde tem aula em uma escola municipal que conta com uma Sala de Apoio e Acompanhamento à Inclusão (Saai) e uma professora especializada. Durante o período de adaptação, ela permanece na sala de aula com 29 alunos, três deles com necessidades especiais.
Hércules Ribeiro Antunes foi diagnosticado com autismo aos quatro anos. Hoje, tem 12 anos e estuda na Escola Municipal Pedro Nava (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
Orçamento apertado
Nem toda família, no entanto, consegue pagar um atendimento especial para o filho. “Já corri atrás, mas dizem que [a mensalidade da escola especial] é acima de R$ 800”, diz Maria Lenice Ribeiro dos Santos, mãe do menino Hércules, de 12 anos, diagnosticado com autismo. Ela não trabalha para cuidar dos três filhos, com quem mora em um apartamento de dois quartos em um conjunto habitacional no Rio Pequeno, na Zona Oeste de São Paulo. A família recebe um salário mínimo do governo como benefício garantido por lei à pessoa com deficiência.
Hércules está no sexto ano da Emef Pedro Nava, perto de onde mora. Ele chegou à escola no meio do ano passado, depois que a família mudou de bairro. O menino sabe reconhecer as letras e copiar palavras, mas não consegue ler. Na última segunda-feira (25), sua primeira aula foi de português e, enquanto a professora explicava um exercício sobre substantivos aos demais alunos, Hércules fazia uma tarefa de alfabetização acompanhado de uma professora exclusiva.
“Ele faz atividades de acordo com a habilidade dele, mas dentro do tema trabalhado na sala de aula, para ele se sentir incluído”, explica a professora especializada em inclusão da escola, Márcia Aparecida dos Santos de Oliveira Fausto. Hércules faz atividades na sala especial da escola das 9h às 10h e estuda na sala regular das 13h30 às 15h. “A ideia é que ele vá aumentando o tempo em que fica na escola”, afirmou a mãe.
A dificuldade de Hércules na aula de português reflete outro dado do IBGE: 47,1% da população com algum tipo de deficiência intelectual acima de cinco anos de idade era analfabeta em 2010. Nos casos de pessoas com deficiência visual, auditiva e motora, o índice de analfabetismo caiu para 16,8%, 24,2% e 28,3% respectivamente. A média brasileira, porém, foi de 10,5%, segundo o Censo de 2010.

Saiu no G1- Crianças de 4 anos na escola!!!!

O governo federal publicou nesta sexta-feira (5), no “Diário Oficial da União”, a lei número 12.796 que altera a lei que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.  Como novidade, o texto muda o artigo 6º tornando "dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4 anos de idade". A matrícula dessas crianças pequenas deve ser feita na pré-escola. Estados e municípios têm até 2016 para garantir a oferta a todas as crianças a partir dessa idade.
Segundo o Ministério da Educação, a lei publicada nesta sexta-feira é uma “atualização” da Lei de Diretrizes e Bases, de 1996, reunindo as emendas realizadas desde então.
A versão anterior dizia que esta obrigatoriedade era a partir dos 6 anos. Mas, em 2009, uma emenda constitucional tornou obrigatório ao governo oferecer educação básica e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria.
Foi preciso então "incorporar" na lei o dever dos pais de matricular os filhos de 4 e 5 anos.
A nova lei "abraça" a educação infantil e estabelece as suas regras. Segundo o documento, a educação básica será dividida entre pré-escola, ensino fundamental e ensino médio. O currículo da educação infantil deverá ter uma base nacional comum que respeita as diversidades culturais de cada região. Isto já valia para o ensino fundamental e o ensino médio.
Acompanhamento, frequência e registro
O professor deverá fazer um registro do acompanhamento do desenvolvimento de cada criança. As crianças de 4 e 5 anos terão "avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental". Além disso, na pré-escola as crianças devem ter carga horária mínima anual de 800 horas, distribuída por um mínimo de 200 dias de trabalho educacional.
O atendimento à criança deve ser de, no mínimo, 4 horas diárias para o turno parcial e de 7 horas para a jornada integral. E a pré-escola deve fazer um controle de frequência destas crianças, exigida a frequência mínima de 60% do total de horas.
Outra novidade no texto foi a inclusão de "consideração com a diversidade étnico-racial" entre as bases nas quais o ensino será baseado.
Educação especial
A alteração na lei torna mais específica ainda a educação para crianças e jovens com deficiência ou os chamados "superdotados". O texto anterior falava em "educandos com necessidades especiais". Agora, a redação diz "atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino".
Em outro artigo, fica garantido que "o poder público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na própria rede pública regular de ensino, independentemente do apoio às instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial."
Segundo o Ministério da Educação, entre 2005 e 2011, abriu 37.800 dessas salas, usadas para atividades individualizadas com os alunos especiais em horários além dos que eles passam na sala de aula comum, abrangendo 90% dos municípios do país. A pasta diz que espera contemplar 42 mil escolas com esse recurso até 2014.


Saberes e Práticas da Inclusão

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