III PRÊMIO EXPERIÊNCIAS EDUCACIONAIS INCLUSIVAS

 
O Ministério da Educação – MEC, por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão – MEC/SECADI, em conjunto com a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura – OEI, com apoio do CONSED e da UNDIME e patrocínio da Fundação MAPFRE, instituiu o Prêmio Experiências Educacionais Inclusivas – a escola aprendendo com as diferenças por meio da Portaria nº. 1.246, de 15 de setembro de 2011, publicada no Diário Oficial da União – DOU de 16 de setembro de 2011.
O Prêmio Experiências Educacionais Inclusivas – a escola aprendendo com as diferenças tem como objetivos a identificação e a valorização de experiências escolares significativas para o processo de desenvolvimento inclusivo das escolas públicas brasileiras, com foco na inclusão escolar de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, em escolas públicas brasileiras.
Em sua primeira edição, o Prêmio contemplou a temática da gestão dos sistemas de ensino e das escolas, bem como as práticas pedagógicas de salas de aula, obtendo 713 experiências inscritas, de mais de 420 municípios, das cinco regiões do país. Também, foi concedida a Menção Honrosa à experiência inclusiva de educação infantil.
Na segunda edição do Prêmio, além dos relatos de experiências das secretarias de educação e das escolas, foram contemplados os textos narrativos produzidos por estudantes da educação básica, matriculados na educação regular pública. Nessa edição foram inscritos 738 relatos de experiência.
Considerando a importância da identificação, valorização e divulgação de tais experiências, na construção dos sistemas educacionais inclusivos, pensou-se a realização da terceira edição, visando identificar experiências efetivas de inclusão escolar de crianças, público alvo da educação especial, matriculadas na educação infantil.
A educação infantil, primeira etapa da educação básica, configura-se como um ambiente privilegiado para a convivência com a diferença. As crianças com qualquer deficiência, independentemente de suas condições físicas, sensoriais, cognitivas ou emocionais, são crianças que têm as mesmas necessidades básicas de afeto, cuidado e proteção, e os mesmos desejos, sentimentos e direitos das outras crianças, dessa forma, a inclusão na infância é amplamente reconhecida como um fator fundamental do desenvolvimento global da criança.
A escola como espaço inclusivo enfrenta inúmeros desafios que devem ser discutidos por toda comunidade escolar. Essas situações desafiadoras geram novos conhecimentos, novas formas de interação, de relacionamentos, modificação nos agrupamentos, na organização e adequação do espaço físico e no tempo didático, o que beneficia a todas as crianças.
Nesse sentido, serão premiados os Relatos de Experiências das Secretarias de Educação e das Escolas Públicas, de educação infantil ou de educação básica com educação infantil. Também será concedida a Menção Honrosa a curso de formação inicial ou continuada de professores, que se destaque pela abordagem da educação infantil na perspectiva inclusiva, contribuindo, dessa forma, para a construção de um sistema educacional inclusivo.
Período de inscrições: de 29 de agosto a 12 de outubro de 2013.
Consulte o regulamento e inscreva-se pelo site http://peei.mec.gov.br.

CRIAÇÃO DE SUPORTES, ATRIBUIÇÃO DE AULAS E CURSOS PARA PROFESSORES ESPECIALIZADOS !!!!!

No ano de 2014, o Centro de Atendimento Especializado – CAESP, por meio do Núcleo de Atendimento Pedagógico Especializado – CAPE, promoverá a criação e ampliação de suportes para o atendimento educacional especializado aos alunos público-alvo da Educação Especial, no contra turno ou não, em especial as salas de recursos.
Tendo em vista a carência de profissionais habilitados para atuar com alunos com Deficiência Física e Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD), será autorizada a criação de salas de recursos nestas áreas, desde que as aulas sejam atribuídas a professor que tenha habilitação ou especialização em qualquer área da educação especial e participe de curso de atualização a ser oferecido pelo CAPE em parceria com a EFAP. Assim, solicitamos que divulguem esta informação a todos os professores, efetivos ou não, que possuem curso de habilitação ou especialização em qualquer área da Educação Especial (inclusive especialização em Educação Inclusiva) e tenham interesse em atuar em Salas de Recursos, para que se inscrevam ao Processo de Atribuição de Classes e Aulas e Prova do Processo Seletivo Simplificado para o ano letivo de 2014.

Resolução SE Nº 52/2013

Saiu no Diário Oficial 15 de agosto de 2013...

Dispõe sobre os perfis, competências e habilidades requeridos dos Profissionais da Educação da rede estadual de ensino, os referenciais bibliográficos e de legislação, que fundamentam e orientam a organização de exames, concursos e processos seletivos, e dá providências correlatas

XIV. PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA II - EDUCAÇÃO ESPECIAL

1. PERFIL

O professor que atua na modalidade de Educação Especial pauta-se no paradigma da Educação Inclusiva, fundamentada na concepção de direitos humanos e que almeja uma escola de qualidade para todos, cujo pressuposto é de que todos os alunos têm o direito de conviver, aprender e estar juntos, tendo respeitadas suas diferenças e peculiaridades. Isso requer atenção à acessibilidade, tanto física como de comunicação, a partir do conhecimento dos recursos necessários e disponíveis, o que inclui, também, conhecimento de adaptações curriculares ou de acesso ao currículo para atender as necessidades dos alunos e seus diferentes modos de aprender. Guarda-se uma relação dialógica entre o professor da sala comum e o professor especializado, devendo ser próprio deste último a competência para trabalhar com o aluno as questões relativas às necessidades educacionais especiais geradas pelas deficiências sensoriais, física,intelectual; ou pelos transtornos globais do desenvolvimento; ou pelas altas habilidades/superdotação. Devem ser consideradas, também, as características dos educandos e valorizadas suas potencialidades. Faz-se necessário considerar a relevância da amplitude do olhar do professor especializado em relação a seus colegas da sala comum, à equipe escolar e à comunidade, principalmente, à família do aluno. Isto requer tanto a percepção das contínuas mudanças sociais que se ocorrem ao longo do tempo, tendo como referência a questão da diversidade, quanto à formação específica, com abrangência de métodos e técnicas que atendam adequadamente e de forma contextualizada o aluno com necessidades educacionais especiais. Neste contexto, é importante o conhecimento da evolução das políticas públicas, refletidas nas diretrizes e legislação atual, principalmente no que se refere ao Brasil e ao estado de São Paulo.


2. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES


a) Participar da elaboração da Proposta Pedagógica da escola.

b) Conhecer os aspectos históricos da relação da sociedade com a pessoa com necessidades educacionais especiais, advindas da deficiência, dos transtornos globais do desenvolvimento ou das altas habilidades ou superdotação.

c) Conhecer as várias tendências de abordagem teórica da educação em relação às pessoas que têm necessidades educacionais especiais.

d) Conhecer as especificidades dos perfis de desenvolvimento e aprendizagem de alunos com deficiência, transtornos global de desenvolvimento ou altas habilidades/superdotação, para nortear o processo de avaliação pedagógica inicial e processual, o planejamento das intervenções e a orientação das adaptações curriculares ou de acesso ao currículo.

e) Compreender o aluno com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades ou superdotação como um ser com capacidades, potencialidades, desejos, com necessidades e experiências que devem ser consideradas como referência para as intervenções estimuladoras e desafiadoras de seus processos de desenvolvimento e aprendizagem. Página

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f) Ter conhecimentos básicos dos aspectos fisiológicos e clínicos das deficiências, dos transtornos globais do desenvolvimento e das altas habilidades ou superdotação.

g) Conhecer e avaliar os repertórios sociais, verbais e pré-acadêmicos do aluno, principalmente por meio do domínio de técnicas de observação e registro de seus comportamentos em diversas e diferentes situações escolares para definir as adaptações curriculares e propor as intervenções específicas.

h) Contribuir para a construção de um ambiente acessível e seguro, eliminando barreiras atitudinais, físicas e de comunicação.

i) Conhecer formas para favorecer o uso integrado dos sentidos na percepção e apreensão do meio e na formação de conceitos.

j) Reconhecer as necessidades educacionais de cada aluno por meio de avaliação pedagógica.

k) Conhecer as diversas contribuições culturais, que podem facilitar a compreensão dos alunos quanto à sua inserção no mundo social e do trabalho.

l) Conhecer e compreender os processos de aprendizagem, para desencadear atividades cognitivas, que propiciem o desenvolvimento adequado e compatível com as potencialidades e a faixa etária do aluno.

m) Dominar os conceitos básicos e habilidades básicas, de autogestão e específicas, para desenvolvê-las nos alunos, com vistas à uma futura inserção do educando no mercado de trabalho.

n) Ser capaz de elaborar plano de atendimento nos suportes (Atendimento Pedagógico Especializado), que inclui: intervenção pedagógica e encaminhamentos educacionais necessários; planejamento das adaptações de acesso ao currículo, a partir das necessidades e peculiaridades dos alunos; produzir e/ou selecionar material didático (específico, adaptado ou de uso comum).

o) Desenvolver ações para favorecer a autonomia e independência do educando.

p) Desenvolver atividades escolares complementares, submetendo-as a flexibilizações, promovendo adaptações de acesso ao currículo, com recursos específicos necessários aos alunos com necessidades educacionais especiais matriculados em classes comuns.

q) Conhecer e compreender o contexto de ensino e aprendizagem de alunos com necessidades educacionais especiais, para planejar e realizar intervenções orientadas pelos parâmetros da educação inclusiva e das adaptações curriculares ou de acesso ao currículo.

r) Conhecer e compreender as necessidades de adaptação curricular ou de um currículo funcional para a vida prática autônoma.

s) Desenvolver habilidades acadêmicas e funcionais, para elaborar plano de intervenção e orientar o professor da classe comum.

t) Conhecer os recursos, as formas de monitoramento e registro de atividades desenvolvidas e do desempenho do aluno, a organização e estruturação do espaço físico da sala e escola, para o planejamento e replanejamento do ensino.

u) Desenvolver habilidades e competências específicas para intervenções interdisciplinares.

v) Conhecer os indicadores que definam a evolução do aluno em relação ao domínio dos conteúdos curriculares e elaborar os registros adequados.

x) Adquirir conhecimentos e desenvolver experiências na área para promover ações de sensibilização, por meio de palestras e oficinas junto à comunidade escolar.

w) Compreender a necessidade de promover parcerias com seus pares, com toda a equipe escolar, com a família e com a comunidade, para favorecer a compreensão das características das deficiências, dos transtornos globais do desenvolvimento e das altas habilidades ou superdotação.

y) Promover reunião de orientação, apoio e planejamento para professores.

z) Compreender a relevância do seu apoio aos profissionais da escola e colegas de classe do aluno, por meio de reunião de orientação e planejamento, oferecendo-lhes pistas para compreender e apoiar as aprendizagens dos alunos.


HABILIDADES POR ÁREA DE ATUAÇÃO

2.1 DEFICIÊNCIA FÍSICA (DF)


a) Conhecer as várias manifestações das deficiências e as suas implicações no desempenho funcional e intelectual do aluno.

b) Decidir sobre as estratégias pedagógicas e os recursos a serem utilizados de forma a potencializar o aprendizado e a participação ativa do aluno. Se necessário, investigar quais recursos o aluno já utiliza em outros ambientes e adotá-los ou não.

c) Conhecer e aplicar os diferentes recursos de Tecnologia Assistiva, principalmente no que se refere à comunicação suplementar e alternativa e acessibilidade ao computador.

d) Selecionar e sugerir materiais pedagógicos adaptados: engrossadores de lápis, plano inclinado, tesouras adaptadas, dentre outros. Página

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e) Identificar formas adequadas de orientação quanto ao uso de estratégias e recursos adaptados para a sala de aula comum.

f) Elaborar planos de atuação tendo em vista as contribuições obtidas com os profissionais da equipe pedagógica e da equipe responsável pela habilitação/reabilitação do aluno


2.2 DEFICIÊNCIA AUDITIVA (DA)


a) Identificar os tipos de surdez, suas características, época de instalação e as devidas consequências.

b) Identificar aspectos culturais, linguísticos e sociais da comunidade surda.

c) Identificar os diferentes níveis linguísticos da LIBRAS e do Português

d) Dominar a metodologia do ensino da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS como primeira língua do surdo.

e) Dominar a metodologia de ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para surdos.

f) Identificar materiais didático-pedagógicos, recursos de acessibilidade elaborar o plano de atuação individualizado, para favorecer a autonomia dos alunos visando o atendimento dos diferentes tipos de surdez.

2.2.1 e 2.3.1 SURDOCEGUEIRA (pertinentes à DA e DV)

a) Identificar aspectos característicos da surdocegueira;

b) Conhecer as características individuais da constituição do aluno e sua história;

c) Reconhecer as reações e respostas pedagógicas e formas de comunicação verbal e não verbal

d) Dominar técnicas e estratégias de comunicação verbal e não verbal, organização de rotina e locomoção no ambiente escolar;

e) Desenvolver plano individual, adequação curricular e avaliação adequada às características individuais.


2.3 DEFICIÊNCIA VISUAL(DV)


a) Dominar o Sistema Braille e suas aplicações nas várias áreas (as Grafias), o uso e o ensino do Soroban adaptado.

b) Ter conhecimentos de orientação e mobilidade e de atividades da vida autônoma

c) Conhecer, indicar ou trabalhar com recursos de tecnologia assistiva (incluindo os programas leitores e ampliadores de tela para a informática acessível) para uso no ambiente escolar e no cotidiano do educando.

d) Ter conhecimentos básicos sobre acessibilidade e audiodescrição.

e) Selecionar ou elaborar materiais e recursos específicos e/ou adaptados e outros que não necessitam de adaptação, de acordo com as necessidades do aluno com baixa visão/visão subnormal ou cegueira.

f) Ter conhecimentos para atuar com as várias especificidades da cegueira e visão subnormal (baixa visão), inclusive para a avaliação da visão funcional.


2.4 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (DI)


a) Identificar o aluno com Deficiência Intelectual, avaliar a sua necessidade educacional e prover o necessário para sua efetiva participação nas atividades escolares.

b) Ser capaz de elaborar Plano de Ensino Individual (PEI), a partir da avaliação pedagógica.

c) Identificar materiais didáticos facilitadores da aprendizagem como alternativas.

d) Identificar habilidades básicas de autogestão e específicas, como ferramentas imprescindíveis, inclusive para o mercado de trabalho.

e) Elaborar adaptações curriculares e orientar os demais membros da equipe pedagógica para a adaptação curricular

f) Compreender os pressupostos de teorias do desenvolvimento humano e o papel desempenhado por processos de aprendizagens escolares nos avanços cognitivos do aluno com deficiência intelectual.

g) Planejar e propor intervenções direcionadas para a promoção de avanços na aprendizagem do aluno, considerando suas capacidades e potencialidades.

h) Estimular o desenvolvimento das capacidades dos alunos em estabelecer interações simbólicas com o meio que o circunda, de forma a minimizar as barreiras de natureza cognitiva impostas pela deficiência.

i) Planejar intervenções que privilegiem avanços na compreensão geral do aluno, por meio de proposições de variadas atividades de natureza linguístico-cognitivas.

j) Estimular e desafiar o aluno a enfrentar de forma ativa conflitos cognitivos relacionados à construção de conceitos, e sua generalização progressiva para diferentes contextos de aprendizagem.


2.5 TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO (TGD)


a) Ter conhecimentos gerais dos Transtornos Globais do Desenvolvimento, disponibilidade e envolvimento pessoal, resistência à frustração e criatividade.

b) Compreender que a educação dos alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento deve ser caracterizada por um estilo mais pragmático e natural, integrador e centrado na comunicação como núcleo essencial do desenvolvimento do aluno, respeitando os recursos e as capacidades dos mesmos. Página

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c) Conhecer métodos, como o TEACCH, o Programas de Comunicação Total, metodologias específicas e outras formas de comunicação específicas, para o trabalho educacional prático com o aluno com Transtornos Globais do Desenvolvimento.

d) Orientar o professor do ensino comum na organização e estruturação do espaço da sala de aula, visando ao controle de ruídos excessivos, possível personalização do ambiente, estilos didáticos diretivos, tornando a jornada escolar o mais previsível possível.

e) Planejar intervenções individualizadas, recorrendo a recursos complementares de natureza psicopedagógica, levando- se em conta a capacidade intelectual, o nível comunicativo e linguístico, as alterações de conduta, o grau de flexibilidade cognitiva e comportamental e o nível de desenvolvimento social do aluno.

f) Propiciar situações de aprendizagem a partir de objetos concretos e passar gradativamente para modelos representacionais e simbólicos, de acordo com as possibilidades do aluno.

g) Ressaltar as habilidades de cada área do sistema cognitivo, investindo nas potencialidades para trabalhar as necessidades educacionais específicas do aluno com Transtornos Globais do Desenvolvimento.

h) Avaliar a necessidade de elaboração de adaptação curricular ou de um currículo funcional para vida prática autônoma, habilidades acadêmicas e funcionais.


2.6 ALTAS HABILIDADES/ SUPERDOTAÇÃO (AH)


a) Ter os conhecimentos da Educação Especial em geral, somados às especificidades das altas habilidades;

b) Apresentar flexibilidade e criatividade na exploração dos recursos didáticos variados, com a intenção de manter o desafio diante de alunos que aprendem rapidamente e tendem a procurar coisas novas e aprofundamento constantemente;

c) Posicionar-se mais como facilitador do que como condutor dos processos, permitindo que o aluno explore o conhecimento de acordo com seu ritmo e interesse;

d) Ser capaz de flexibilizar os temas e problemas abordados de acordo com as necessidades do aluno, podendo orientar e apoiar o professor do ensino comum;

e) Ser capaz de alternar propostas de trabalho individual e grupal;

f) Traçar metas de comum acordo com o aluno e o professor do ensino comum, para obter resultados desejados, levando em consideração as potencialidades e as dificuldades;

g) Buscar a articulação com os recursos da comunidade disponíveis, criando redes de apoio que possam propiciar ao aluno maiores possibilidades de desenvolvimento de seus potenciais, tendo em vista sua autonomia e sua preparação para o mundo do trabalho.


3. BIBLIOGRAFIA – EDUCAÇÃO ESPECIAL


A) Livros e Artigos

1. BAUMEL, Roseli Cecília Rocha de Carvalho; RIBEIRO, Maria Luisa Sprovieri (Org). Educação Especial: do querer ao fazer. São Paulo: Avercamp, 2003.

2. BIANCHETTI, Lucidio; FREIRE, Ida Mara. Um Olhar sobre a Diferença. 9. ed. Campinas: Papirus, 2008.

3. MANTOAN, Maria Tereza Eglér; PRIETO, Rosângela; ARANTES, Valéria Amorim. Inclusão Escolar: pontos e contrapontos. 2 ed. São Paulo: SUMMUS, 2006.

4. MAZZOTTA, Marcos José da Silveira. Educação Especial no Brasil: história e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 1996.

5. RODRIGUES, David. Inclusão e educação: doze olhares sobre a educação inclusiva. São Paulo: Summus, 2006.

B) Publicações Institucionais

1. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS . Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e Protocolo Facultativo. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.


4. LEGISLAÇÃO


1. BRASIL.DECRETO Nº 6.949, DE 25 DE AGOSTO DE 2009 Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007.

2. SÃO PAULO. DELIBERÃÇÃO CEE N.º 68/2007.

Fixa normas para a educação de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, no sistema estadual de ensino.

3. SÃO PAULO. RESOLUÇÃO SE Nº 11, DE 31 DE JANEIRO DE 2008

Dispõe sobre a educação escolar de alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas da rede estadual de ensino e dá providências correlatas (Com as alterações introduzidas pela Resolução SE nº 31/2008) Página

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3.1 BIBLIOGRAFIA - DEFICIÊNCIA FÍSICA


A) Livros e Artigos

1. ASSIS, Walkiria de. Criando possibilidades para a educação da pessoa com deficiência física. São Paulo: Revista Educação. Disponível em:

\. acesso em: 03 jul 2013

2. FONSECA,Vitor. Desenvolvimento psicomotor e aprendizagem. PORTO ALEGRE: ARTMED, 2008.

3. GERALIS, Elaine. Crianças com paralisia cerebral: guia para pais e educadores. Porto Alegre: Armed, 2007.

B) Publicações Institucionais

1. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Atendimento educacional especializado: deficiência física. Brasília: MEC/ SEESP, 2007. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.

2. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Portal de ajudas técnicas para educação: equipamento e material pedagógico para educação, capacitação e recreação da pessoa com deficiência física: recursos pedagógicos adaptados. Brasília: MEC/ SEESP, 2002. Fascículo 1. Disponível em:

\. Acesso em: 18 jul. 2013.

3. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Portal de ajudas técnicas para educação: equipamento e material pedagógico para educação, capacitação e recreação da pessoa com deficiência física; recursos para comunicação alternativa. Brasília: MEC/ SEESP, 2006. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.

4. SÃO PAULO (Estado). Coordenadoria de Gestão e Educação Básica. Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado – CAPE. Entendendo a deficiência física. São Paulo: SE/CGEB/CAPE, 2012. Disponível em : \. Acesso em: 18 jul. 2013.


3.2 BIBLIOGRAFIA - DEFICIÊNCIA AUDITIVA


A) Livros e Artigos

1. CARVALHO, Altiere Araujo. Surdez e implicações Cognitivas sob o ponto de vista sócio-científico. São Paulo: Revista Educação. Disponível em: \. acesso em: 03 jul. 2013

2. GUARINELLO, Ana Cristina: O papel do outro na escrita de sujeitos surdos. São Paulo: Ed. Plexus, 2007.

3. GOES, Maria Cecília Rafael de. Linguagem, Surdez e Educação. 3. ed. Campinas: Autores Associados, 1999.

4. REILY, Lucia. Escola Inclusiva: linguagem e mediação. 4 ed. Campinas: Papirus, 2011. Série Educação Especial.

5. SKLIAR, Carlos. A surdez: um olhar sobre as diferenças. 3 ed. Porto Alegre: Mediação, 2005.

B) Publicações Institucionais

1. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Atendimento educacional especializado: pessoa com surdez. Brasília: MEC/ SEESP, 2007. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.

2. SÃO PAULO (Estado). Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. Centro de Apoio Pedagógico Especializado. Leitura, escrita e surdez. São Paulo: SE/CENP/CAPE, 2005. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.


3.3 BIBLIOGRAFIA - DEFICIÊNCIA VISUAL


A) Livros e Artigos

1. AMARALIAN, Maria Lúcia Toledo Moraes (org.). Deficiência visual: perspectivas na contemporaneidade. São Paulo: Vetor , 2009.

2. FELIPPE, João Álvaro de Moraes. Caminhando juntos – manual das habilidades básicas de orientação e mobilidade. São Paulo: Laramara, 2001.

3. SIAULYS, Mara O. de Campos; ORMELEZI, Eliana Maria; BRIANT, Maria Emília. (org.). A deficiência visual associada à deficiência múltipla e o atendimento educacional especializado. São Paulo: Laramara, 2010.

B) Publicações Institucionais

1. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. A construção do conceito de número e o pré-soroban. Brasília: MEC/SEESP, 2006. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.

2. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Atendimento educacional especializado: deficiência visual. Brasília: MEC/ SEESP, 2007. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.

3. BRASIL. Secretaria de Educação Especial Código Matemático Unificado para a Língua Portuguesa. Brasília:MEC/SEESP, 2006. Página

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4. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Grafia Braille para a Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEESP, 2006. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.

5. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Orientação e mobilidade: conhecimentos básicos para a inclusão da pessoa com deficiência visual. Brasília: MEC/SEESP, 2003. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.

6. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Soroban: manual de técnicas operatórias para pessoas com deficiência visual. Brasília: MEC/SEESP, 2012. Disponível em:

\. Acesso em: 18 jul. 2013.


3. 4 BIBLIOGRAFIA - DEFICIÊNCIA INTELECTUAL


A) Livros e Artigos

1. FIERRO, Alfredo. Os alunos com deficiência Mental.In: COLL, César; MARCHESI, Álvaro; PALACIOS, Jesús (Orgs.).Desenvolvimento Psicológico e Educação: transtornos do desenvolvimento e necessidades educativas especiais. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004, v.3.

B) Publicações Institucionais

1. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Atendimento educacional especializado: deficiência mental. Brasília: MEC/ SEESP, 2007. Disponível em: \. Acesso em: 18 jul. 2013.

2. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: adaptações curriculares. Brasília: MEC/ SEF/SEESP, 1998. Disponível em:\< \. Acesso em: 18 jul. 2013.

3. SÃO PAULO (Estado). Coordenadoria de Gestão e Educação Básica. Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado – CAPE. Deficiência intelectual: realidade e ação. São Paulo: SE/CGEB/ CAPE, 2012. Disponível em: \ . Acesso em: 18 jul. 2013


3.5 BIBLIOGRAFIA - SUPERDOTAÇÃO/ALTAS HABILIDADES


A) Publicações Institucionais

1. BRASIL. Secretaria de Educação Especial. A construção de práticas educacionais para alunos com altas habilidades/superdotação. Brasília: MEC/SEESP, 2007. Disponível em: \ Acesso em: 03 jul. 2013.

2. SÃO PAULO. (Estado) Secretaria da Educação. Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado – CAPE. Um olhar para as altas habilidades: construindo caminhos. São Paulo: SE, 2. ed., 2012 Disponível em: \ Acesso em: 03 jul. 2013.


4.5 LEGISLAÇÃO (SUPERDOTAÇÃO/ALTAS HABILIDADES)


1.SÃO PAULO. RESOLUÇÃO SE Nº 81, DE 7 DE AGOSTO DE 2012

Dispõe sobre o processo de aceleração de estudos para alunos com altas habilidades/superdotação na rede estadual de ensino e dá providências correlatas.


3.6 BIBLIOGRAFIA - TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO


A) Livros e Artigos

1. BASSOLS, Ana Margareth Siqueira (Org). Saúde Mental na Escola – Uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Mediação, 2003.

2. RIVIÈRE, Angel. O Desenvolvimento e a Educação da Criança Autista. In: COLL, César. PALACIOS, Jesús. MAR-CHESI, Alvaro (Orgs.). Desenvolvimento Psicológico e Educação – Necessidades Educativas Especiais e Aprendizagem Escolar. Porto Alegre: Artmed, 1995, v.3, p.274-291.

3.___________O autismo e os transtornos globais do desenvolvimento. In: COLL, César, MARCHESI, Álvaro; PALA-CIOS, Jesús. (Orgs.). Desenvolvimento Psicológico e Educação: transtornos de desenvolvimento e necessidades educativas especiais.

2. ed. v.3. Porto Alegre: Artmed, 2004, p.234-254.

Pré inscrição para a 7° edição Curso de Tecnologia Assistiva

Assunto      : Pré inscrição para a 7ª edição

Olá comunico a todos para divulgação que está aberto a pré inscrição ou seja,é apenas um pré-cadastro, pois ainda não sabemos se o MEC irá colocar novos requisitos para a 7ª edição.
Para se inscrever os professores da rede pública interessados devem acessar o site: www.ta.unesp.br e clicar no link INSCRIÇÕES.

Bibliografia para a Prova do Mérito 2013

Veja a bibliografia para a prova do mérito 2013.


 Desde o ano de 2010, a secretaria da educação de São Paulo unificou os referenciais bibliográficos para todos os seus concursos (provimento de cargos, mérito etc). A maioria dos textos estão disponíveis no site do "Centro de Referência em Educação Mario Covas".
Para conhecer a bibliografia para o concurso do "Mérito" acesse esse link e consulte a bibliografia específica para sua disciplina, bem como a parte geral, comum a todas as áreas.

Bons estudos!

OT Tecnologia Assistiva

Estivemos na Rede do Saber compartilhando conhecimentos sobre a Tecnologia Assistiva, tive uma parceira muito especial a Amanda PCNP de Tecnologia:


                                                         Amanda e Eu

                                                                     Mini festa junina

                                                    Mônica, Maria Luiza e Maria Odilia
                                              Sônia, Daniela, Fátima, Grace, Edilene e Graça

                                                             Betetto, Lísia, Edi, Joana

                                                          Michele, Joyce e Amanda

                                                           A Fazenda


                                                                        Hagá Que

                                                                    Viagem Espacial

As professoras gostaram dos Objetos de Aprendizagem e ao final da atividade, compartilharam as possibilidades de uso junto aos seus alunos.
Precisamos agora pesquisar mais material para os alunos adolescentes.

Visita ao CAPE REGIONAL !!!!

Estivemos eu, Supervisora Ariane e Supervisora Eliana no CAPE Regional e fomos muito bem atendidas pelas meninas Nhatália,Renata Tatiane e Kelly que tem a sede na Escola Estadual Luís Galardo.


        
                                                      Obrigada Meninas e SUCESSO !!!!!

Grupo de Estudos CAPE 2013 - Legislação de Deficiência Auditiva








Curso Introdução à LIBRAS

Pessoal, começou hoje o Curso de Introdução à LIBRAS !!!!
Os cursistas chegaram bem animados...Querem aprender tudo no primeiro dia !

turma 2013

Prof. Surdo Julio

Dione e Ariane

Ganhamos cinco CAPEs Regionais

Começa amanhã o funcionamento dos CAPEs Regionais, eles farão o atendimento aos alunos do polo de cinco regiões de São Paulo:
Sorocaba
Itaquaquecetuba
Franca
Campinas Oeste
São Bernardo do Campo
Os CAPEs Regionais tem como objetivo:
Garantir o suporte de inclusão dos alunos deficientes, altas habilidades e transtorno global do desenvolvimento.
Realizar avaliação e articular encaminhamentos
Orientar e subsidiar as famílias, professores e a comunidade.
Mapear os recursos na comunidade para fazer os encaminhamentos.
A composição da equipe é de:
1 Professor Coordenador
1 Fonoaudiólogo
1 Psicólogo
1 Terapeuta Ocupacional
1 Psicopedagogo
1 auxiliar administrativo
Nossa Diretoria de Ensino está vinculada a Região de Campinas Oeste.
Teremos as colegas:
Kelly Cristina - Auxiliar Administrativa
Nathalia Bertolloto - Fonoaudióloga
Tatiane Rodrigues - Psicóloga
Renata Souza - Psicopedagoga

                                                   Wania, Bete e Denise Arantes ( responsável pelo projeto)

Supervisoras Ariane e Eliana

                                            Equipe da DE - Campinas Oeste

Wania, Bete e Marisa

RENATA, TATIANE, NHATALIA E KELLI
Desejamos um feliz início de trabalho e desejamos que a equipe tenha sucesso nesse novo projeto da SEE em parceria com FFM.

Guia Prático: O Direito de todos à educação


No último encontro do CAPE os promotores de Justiça Júlio César Botelho e João Paulo Faustinone e Silva palestraram sobre a construção de política pública clara e efetiva de  educação para todos, acolhidas e valorizadas as diferenças na escola e garantidos os suportes necessários e que o Ministério Público vem dialogando com a Secretaria Estadual de Educação cobrando essas ações. Foi apresentado e disponibilizado aos presentes o Guia Prático: O Direito de todos à educação, lançado recentemente durante Seminário promovido pelo Ministério Público, o guia prático retrata o que os autores pensam em comum sobre o tema, “a publicação foi a convicção de que é possível lutar por uma escola inclusiva, “direito não somente a matrícula, mas a escola com qualidade, porque escola tem que ser inclusiva”. O guia prático é um documento importante para nortear o trabalho da Educação Inclusiva

Atividade de alfabetização com o uso de site educacional

Estive na semana passada desenvolvendo um trabalho de alfabetização e achei um site muito legal, ai resolvi seguir o conselho de minha formadora e colocar aqui o meu passo a passo:
1. Dados de Identificação:

Site: http://www.kidleitura.com/cartum/index.htm
Atividade do site:Atividade de leitura e escrita
Período de desenvolvimento da atividade:08/04 a 12/04


2. Características sensoriais e cognitivas são exigidas do aluno para a realização da atividade: a aluna que vai desenvolver a atividade tem Síndrome de Down e também baixa visão. Está sendo atendida na sala de recurso três vezes por semana no horário contrário de aula da escola regular. A aluna é pré silábica, teve algumas complicações com a saúde, faltou bastante e no momento encontra-se com dificuldade de identificar as letras. Estou retomando os conteúdos trabalhados anteriormente.

3. Habilidade a ser desenvolvida:
Utilizar a linguagem na escuta e produção de textos orais e na leitura e produção de textos escritos, de modo a atender a múltiplas demandas sociais, responder a diferentes propósitos comunicativos e expressivos.

4. Objetivos: Aprender a ler e escrever através de situações reais fazendo uso da tecnologia

5. Conteúdo: alfabeto no site: http://www.kidleitura.com/alfabeto_bastao.htm, lista de nomes de colegas da sala de aula regular, atividades com alfabeto móvel ( usando o teclado do computador)

6. Desenvolvimento da atividade:


a. Entrar no site kidleitura e apresentar a atividade.

b. Passar pelas letras bastão, escutar e interagir com as atividades.

c. Solicitar que escreva o nome de alguns colegas da sala de aula regular.

d. Selecionar as atividades de tirinhas para fazer as atividades orais e escrita.

7. Recursos de apoio (por exemplo, tecnologia assistiva): Utilizar o recurso de acessibilidade do Windows (lupa)

8. Estratégias de acompanhamento da atividade: desenvolvi as atividades com a aluna no computador, dei apoio frequente. Ela demonstrou muito interesse em desenvolver as atividades, ficava surpresa quando a letrinha falava. Precisei recolar a atividade várias vezes. Na atividade de tirinha tive a ideia de trabalhar com o Haga-que, mas ainda não consegui fazer com que ela avance na construção de uma historinha.

9. Observações: O apoio da lupa, ajuda muito na execução das atividades que propus. O site apresenta as letrinhas em tamanho grande o que facilitou o acesso da aluna.

Foi um trabalho bem gostoso de realizar.
                                                                                    

 

Prefeitura de Jundiaí - Inclusão


O Instituto Paradigma iniciou um trabalho de assessoria técnica e Secretaria de Educação e Esportes do Município de Jundiaí, para a implantação de uma política de educação inclusiva na rede municipal de ensino, em todas as suas modalidades de ensino, viabilizando assessoria técnica a equipe gestora para o planejamento e implantação das Salas de Atendimento Educacional Especializado ; da equipe multidisciplinar de profissionais que darão apoio técnico aos professores e escolas da rede, em relação ao processo de inclusão, e ao atendimento das demandas dos alunos com necessidades educacionais especiais. Além disso, o projeto prevê a organização e gestão das parcerias locais, buscando ampliar a inclusão social destes alunos e promover a equiparação de oportunidade de participação de todos os alunos no processo educacional.


Caracterização do Município:


Nº de escolas: 112 (2012)

Nº de professores: 1.918 (2012)

Nº de alunos com deficiência: em 2010 havia 367 alunos com deficiência. Em 2012, havia 422 alunos.



Objetivo:


Assessorar tecnicamente a equipe da Secretaria Municipal de Educação e Esportes de Jundiaí – SMEE - na elaboração de estratégias que contribuam para implantação de uma política de educação inclusiva na rede municipal de ensino.



Assessoria a liderança e aos gestores:



O trabalho iniciou-se e perpassou a assessoria na revisão do documento orientador da Política Municipal de Educação Inclusiva com foco na adequação e implantação das diretrizes nacionais do MEC para a educação inclusiva. Realizou-se o acompanhamento da implantação das rotinas de trabalho das equipes e o alinhamento das estratégias das ações do projeto. Alinhado o marco legal e os processos de trabalho, ocorreu a assessoria na realização do processo seletivo para a formação das equipes de Professores de Apoio e Professores do AEE. O trabalho envolveu a revisão do edital, construção do instrumento de avaliação técnica, realização da dinâmica de grupo e divulgação dos aprovados.

Periodicamente, ocorrem reuniões de acompanhamento destes processos, que se complementam e são aprimorados ao longo de todo o projeto.





Acessibilidade:



A.Pedagógica



Realizou-se um processo de visitas às salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE) com o objetivo de orientar a Secretaria de Educação, por meio da equipe do Núcleo de Políticas Públicas de Inclusão (NPPI) e dos Diretores e Coordenadores Pedagógicos, quanto ao trabalho realizado no que tange às seguintes questões: condições de acessibilidade das salas, das escolas e do entorno; processo de encaminhamento dos alunos para atendimento; contato com pais e professores.





Formação:



Foram envolvidos nas ações de formação as equipes de Professores de Apoio e Professores de Atendimento Educacional Especializado (AEE), professores e coordenadores pedagógicos, professores e coordenadores das escolas da rede municipal que atuam diretamente com alunos com diagnóstico/hipótese diagnóstica de Transtornos Globais de Desenvolvimento (TGD), além dos próprios pais destes alunos.



Os temas das formações versaram sobre dificuldades de aprendizagem/transtornos funcionais específicos, consciência fonológica, mediações pedagógicas inclusivas, flexibilização curricular na sala de aula e sexualidade da pessoa com deficiência, dentre outras.



Com isso, em 2011, houve a realização de 19 formações sobre diferentes temas, totalizando 104 horas de formações e envolvendo 654 participantes. Em 2012, houve a realização de 29 formações, totalizando 88 horas e envolvendo 894 pessoas.



Supervisão Técnica Especializada



Equipe escolar

Ocorreu o monitoramento dos encaminhamentos das demandas pedagógicas e especializadas para viabilizar os atendimentos específicos, material adaptado e ajudas técnicas necessárias para apoiar os alunos com deficiência nas rotinas escolares, além da discussão sobre as possibilidades de construção de mediações pedagógicas para consolidar as práticas da escola na perspectiva da educação inclusiva.



Disseminação da informação e boas práticas:



Organização de registros e processos

Ocorreu a análise dos documentos oficiais da Secretaria de Educação com relação ao registro da evolução dos alunos com deficiência e dificuldades de aprendizagem. Esse processo envolveu o planejamento, tratamento e análise dos dados destes alunos.









Como Utilizar Blog Pedagogicamente



Como me utilizar nas práticas escolares cotidianas?

Há uma infinidade de possibilidades de uso pedagógico ou de suporte às atividades do professor com o meu pacote de escritório. Abaixo procurarei listar algumas, mas outras sugestões de usos serão bem-vindas e podem ser feitas nos comentários:

1. Uso do editor de texto: o editor de texto, além do óbvio uso como editor de textos mesmo, também permite a criação de textos compartilhados. Assim, por exemplo, o professor pode propor a criação de textos de forma colaborativa por equipes de alunos e criar um doc compartilhado por todos de uma mesma equipe e pelo professor. Permito que até dez pessoas editem um documento simultaneamente e esse documento pode ser compartilhado com até 200 pessoas. Essa possibilidade de uso e edição compartilhada é útil para, entre outras possibilidades:

o propor a realização de trabalhos em grupo;

o propor produção de textos colaborativos;

o criar glossários dinâmicos.

2. Uso das planilhas eletrônicas: as planilhas eletrônicas também podem ser compartilhadas e editadas simultaneamente, o que permite usos parecidos com o do editor de textos e outros mais apropriados para as funcionalidades de uma planilha, como a disponibilização de notas e mesmo de uma lista de presença que pode ser preenchida pelo professor e disponibilizada instantaneamente para os pais dos alunos ou para a secretaria da escola. Outros usos possíveis são:

o disponibilizar atividades que possam ser realizadas com o uso de planilhas eletrônicas. Esse caso é especialmente interessante para a disciplina de matemática, pois além de possibilitar uma melhor compreensão da aritmética e da álgebra, também permite a criação de gráficos e a compreensão de seu funcionamento;

o os gráficos gerados a partir das tabelas também são especialmente interessantes para disciplinas que os utilizam bastante, como a física, a biologia e a geografia;

o uso como “banco de dados”, pois as planilhas eletrônicas permitem armazenar dados de forma organizada, recuperá-los de forma simples e manipulá-los de forma automatizada, mesmo em se tratando de muitos dados.

3. Uso de apresentações de slides: as apresentações de slides são particularmente interessantes como ferramenta de apresentação de conteúdos, informações e esquemas didáticos com um visual atraente. Permito também que se faça edição colaborativa dessas apresentações e que elas sejam compartilhadas online. Algumas possibilidades de uso para as apresentações de slides são:

o produção de conteúdos didáticos pelo professor, esquemas didáticos e resumos;

o produção e apresentação de trabalhos pelos alunos (lembrando que a edição compartilhada facilita o trabalho colaborativo de grupos de alunos);

4. Uso dos formulários online: meus formulários online estão associados à planilhas e constituem um meio simples e rápido de coletar informações, gerar apresentações gráficas e análises estatísticas de dados. Alguns usos possíveis:

o produzir questionários socioeconômicos dos alunos;

o produzir diagnoses e pesquisas com os alunos ou com os pais, pois os formulários podem também ser acessados da casa dos alunos;

o produzir pequenos testes e provas, ou atividades que os alunos possam realizar de forma autônoma e fora da escola.

Grande parte da documentação do professor (caderneta escolar, listas de chamada, planejamentos, etc.) pode ser colocada na Internet e compartilhada publicamente. Pesquisas, diagnoses, testes e avaliações podem ser gerados e depois utilizados diretamente pela Internet. Os alunos podem produzir trabalhos de forma colaborativa e usar as ferramentas de um pacote completo de escritório mesmo que os seus computadores não possuam nenhum. Até mesmo a própria secretaria, a coordenação e a direção da escola podem usar essa ferramenta web 2.0 para produzir, disponibilizar e compartilhar documentos (como o horário de aulas, o calendário escolar, etc.), e com a vantagem de não ter que hospedar esses documentos localmente.

Documentos específicos e particulares também podem ser armazenados em mim, mas aí deixamos de lado os fins pedagógicos e educacionais dessa ferramenta, por isso não vou entrar nos detalhes desse tipo de uso.

Posso permitir atualmente que qualquer tipo de arquivo seja armazenado nele e compartilhado na web. Isso nos possibilita criar uma biblioteca compartilhada a partir de uma pasta pública. Além disso, a estrutura dessas pastas tem a mesma apresentação da estrutura de pastas de um HD de um computador comum e facilidades como “arrastar e soltar”, “copiar e colar”, etc. Resumindo: é tudo muito intuitivo e prático.

Também vale lembrar que tudo está em português e que meu sistema de ajuda é muito bom.

Se você ainda não me usa e outras ferramentas web 2.0, meus irmãos, talvez esse seja o momento de começar a usá-las. A aprendizagem é rápida e não requer nenhum tipo de curso ou formação específica. Já para aprender a usar editores de texto, planilhas eletrônicas e geradores de apresentação de slides, sugiro uma busca simples na própria Internet e, se necessário, peça ajuda aos seus alunos (eles certamente saberão ajudá-lo).



Fonte: http://godocs.blogspot.com.br/2011/09/posso-ser-utilizado-pedagogicamente_20.html

PRIMEIRA PROFESSORA DOWN...

02/03/2013 07h51 - Atualizado em 02/03/2013 17h44

1ª professora com Down do país defende inclusão em escola regular

Débora Seabra, de 31 anos, é professora assistente em Natal (RN).
'A escola regular me fez sentir incluída', diz.

LEIA A MATÉRIA NA INTEGRA NO G1....MUITO BACANA O DEPOIMENTO !!!!
G1 ESTÁ DE PARABÉNS PELA DIVULGAÇÃO !!!!

Inclusão de alunos na escola, cresce o desafio - MATERIA PUBLICADA NO G1

02/03/2013 07h49 - Atualizado em 02/03/2013 11h43

Alunos com síndrome de Down e autismo exigem professores capacitados.
Fã de Sean Penn, ator de 'Colegas' estudou em escola especial.

Ana Carolina Moreno e Vanessa Fajardo Do G1, em São Paulo
 
                        
O ator Ariel Goldenberg, de 32 anos, espera que o premiado “Colegas”, que estreou nesta sexta-feira (1º) no cinema, contando as aventuras de três jovens com síndrome de Down que fogem de uma instituição assistencial (veja a crítica do filme), chame a atenção para a inclusão das pessoas com deficiência intelectual na sociedade, a começar pela escola. “Queremos que as pessoas olhem para os deficientes com outros olhos”, diz Ariel, que ficou famoso nas redes sociais após a divulgação do sonho de receber uma visita do ator norte-americano Sean Penn.
A presença cada vez maior de alunos com deficiência intelectual no sistema educacional convencional está obrigando as escolas a adaptarem seus conceitos pedagógicos.
Lettícia da Silva Santos Azevedo, de 7 anos, tem síndrome de Down e estuda na Escola Municipal Celso Leite Ribeiro Filho, em São Paulo (Foto: Raul Zito/G1)
Segundo o Censo Escolar, entre 2005 e 2011, as matrículas de crianças e jovens com algum tipo de necessidade especial (intelectual, visual, motora e auditiva) em escolas regulares cresceu 112% e chegou a 558 mil. O Censo Escolar não diz quantas destas matrículas são de alunos com síndrome de Down, outra deficiência intelectual ou autismo. O Censo do IBGE, porém, aponta que, em 2010, 37% das crianças com deficiência intelectual na idade escolar obrigatória por lei (5 a 14 anos) estavam foram da escola, número muito superior à média nacional, de 4,2%.
Outro indicador do aumento da inclusão: as matriculas das crianças com deficiência em escolas especializadas e as classes exclusivas nas escolas comuns caiu 48% de 2005 para 2011, quando foram registradas 193 mil matrículas.
A escola é a instituição responsável por introduzir a criança na vida pública. E você não pode dizer que esse aqui vai ser introduzido na vida pública e esse não"
Maria Teresa Eglér Mantoan,
coordenadora do Leped-Unicamp
Apesar de a inclusão de crianças e jovens com algum tipo de deficiência nas escolas regulares ter aumentado nos últimos anos, são grandes os desafios de preparar os professores para mantê-las na sala de aula com os demais colegas, e de receber as crianças que ainda estão excluídas.
O modelo de só transmitir o conhecimento do currículo básico já não é mais suficiente. Segundo a professora Maria Teresa Eglér Mantoan, coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diversidade (Leped) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a inclusão aparece para mostrar que todas as pessoas são diferentes, algo que a escola não quer conceber. “O senso comum nos faz pensar muito mais na identidade do que na diferença, porque é muito mais fácil. Mas a diferença se apresenta, e você tem que lidar.”
O ator Ariel Goldenberg e a mulher dele, Rita Pokk,
protagonistas do filme 'Colegas' (Foto: Raul Zito/G1)
Segundo ela, o mais importante para uma criança com deficiência não é aprender o mesmo conteúdo que as outras, mas ter a possibilidade de aprender a colaborar, ter autonomia, governar a si próprio, ter livre expressão de ideias e ver o esforço pelo que consegue criar ser recompensado e reconhecido. “A escola é a instituição responsável por introduzir a criança na vida pública. E você não pode dizer que esse aqui vai ser introduzido na vida pública e esse não”, diz a educadora.
Escola regular ou especial?
Na década de 1980, quando o ator Ariel era menino, prevalecia o conceito de que crianças como ele deveriam estar em instituições exclusivas para dar assistência à suas necessidades, e não em uma escola regular. Ariel chegou a fazer o maternal em uma escola comum, mas foi matriculado aos cinco anos na Associação para o Desenvolvimento Integral do Down (Adid), onde seus “colegas” também tinham a mesma síndrome que ele.
ENTENDA A DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
O que é?
Na Deficiência Intelectual a pessoa apresenta um atraso no seu desenvolvimento, dificuldades para aprender e realizar tarefas do dia a dia e interagir com o meio em que vive.
Como acontece?
É resultado, quase sempre, de uma alteração no desempenho cerebral, provocada por fatores genéticos, distúrbios na gestação, problemas no parto ou na vida após o nascimento.
Principais tipos
Alterações cromossômicas e gênicas, desordens do desenvolvimento embrionário ou outros distúrbios estruturais e funcionais que reduzem a capacidade do cérebro.
O que é Síndrome de Down?
É uma alteração genética que ocorre na formação do bebê, no início da gravidez. O grau de deficiência intelectual provocado pela síndrome é variável. A linguagem fica mais comprometida, mas a visão é relativamente preservada. As interações sociais podem se desenvolver bem, no entanto, podem aparecer distúrbios como hiperatividade e depressão.
Quais são outras deficiências intelectuais?
Síndrome do X-Frágil, índrome de Prader-Willi, Síndrome de Angelman, Síndrome Williams, entre outras.
O que é autismo?
O que caracteriza o autismo são aspectos observáveis que indicam déficits na comunicação e na interação social, além de comportamentos repetitivos e áreas restritas de interesse.
Fontes: Apae-SP e Associação de Amigos do Autista
“Apesar de ser politicamente correta a inclusão, acho que às vezes os pais focam tanto na inclusão que esquecem o incluído. Achei que era melhor ele estudar em uma escola que estivesse no ritmo dele”, explica a artista plástica Corinne Goldenberg, mãe de Ariel, que se preocupava com o possível sofrimento de ver o filho ficar para trás em relação aos demais alunos. “O que o Ariel aprendeu, ele aprendeu na escola especial.”
Naquela época, era comum que as escolas recusassem a matrícula de alunos especiais. Foi o que aconteceu com Rita Pokk, “colega” de Ariel no filme e esposa do ator na vida real. “Bateram a porta na cara da minha mãe um monte de vezes”, relembra Rita, hoje com 32 anos. Ela conseguiu ser matriculada em uma escola particular aos 12 anos, depois de muito esforço da mãe. Para que a filha, já maior de idade, pudesse frequentar a quinta série no supletivo, a mãe precisou se matricular, fazer as provas e assistir às provas com a filha. Na sétima série, Rita percebeu que o currículo estava avançado demais para ela, e trocou a escola regular pela Adid para fazer amigos. Lá, ela fez teatro e conheceu Ariel.
Hoje, a ONU e o governo brasileiro defendem que o lugar de todas as crianças é a escola convencional. O modelo aplicado pela rede pública de ensino é estruturado de forma a manter os alunos especiais na sala comum, mas com atividades de apoio individualizadas no contraturno, já que o aluno com deficiência intelectual tem outro ritmo de aprendizado, que em geral não corresponde ao que a escola está acostumada a esperar. Edna dos Santos Azevedo, mãe da aluna Lettícia, de 7 anos, diz que a filha matriculada na Emef Celso Leite Ribeiro Filho, na região central de São Paulo, exige mais atenção e paciência para aprender.
Lettícia está integrada aos outros colegas e tem as
mesmas exigências que eles (Foto: Raul Zito/G1)
'Tem de se sentir igual'
Edna, no entanto, nunca cogitou matricular a menina em uma escola especial. “A evolução da Lettícia [em uma instituição só para alunos especiais] teria sido mínima, ela é muito esperta.” Para a mãe, a convivência com as outras crianças só traz vantagens. Ela diz que a filha nunca sofreu preconceito ou bullying por parte dos colegas. Pelo contrário, é querida pelos amigos, que se oferecem para ajudá-la em várias situações e se preocupam quando ela falta à escola.
A garota reconhece todas as letras do alfabeto, lê e escreve algumas palavras e aprendeu a falar as cores em inglês. Na aula, a professora Maria Luiza de Oliveira Marques diz que Lettícia participa das atividades e interage na hora da leitura. “Ela é bem resolvida e independente”, diz a professora. A deficiência não é motivo para que Lettícia seja poupada de alguma regra na escola. “Lettícia tem de se sentir igual, se a cobrança não for igual, não há inclusão”, diz a vice-diretora da Celso Leite Ribeiro, Leni Aparecida Villa.
Além da escola, Lettícia faz atividades na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de São Paulo para estimular raciocínio e coordenação motora. Com anos de experiência no trato com crianças e jovens com deficiência intelectual, Valquíria Barbosa, gerente de serviço sócio-assistencial da Apae de São Paulo, afirma que a criança com deficiência exige aulas mais lúdicas, repetições e um currículo flexível. Na ausência desses itens, a verdadeira inclusão fica comprometida.
Crianças não têm preconceito, elas aceitam os colegas. O adulto, sim, precisa saber lidar com isso"
Valquíria Barbosa,
gerente da Apae-SP
Para Valquíria, a escola especial teve sentido em uma época em que não havia informação e não se sabia quais caminhos seguir, agora não mais. “A pedagogia evoluiu, novos caminhos foram descobertos”, diz a especialista, reafirmando que, para ela, a escola regular é a melhor alternativa.
“É claro que a família tem receio de como a criança vai ser recebida no ambiente, da preocupação de quem serão seus amigos, de como vai se relacionar. Mas crianças não têm preconceito, elas aceitam os colegas. O adulto, sim, precisa saber lidar com isso.”
Lenin dos Santos, de cinco anos, tem autismo; depois de uma experiência pouco proveitosa em uma escolinha de bairro, ele agora estuda em um centro especializado de manhã e na rede pública à tarde
(Foto: Raul Zito/G1)
‘Aprendeu mais com o iPad do que na escola’
O preparo dos adultos, no caso, os professores, no entanto, ainda não chegou a todas as escolas, como já prevê a legislação. Adriana Moral Ramos, coordenadora do Centro Terapêutico Educacional Lumi, especializado em pessoas com autismo e localizado no bairro do Butantã, Zona Oeste da capital paulista, afirma que a maior parte dos alunos que chegam até ela vem justamente de más experiências em escolas regulares. “Os pais escolhem a escola convencional para se aproveitarem do currículo regular, mas depois optam pela especializada para [a criança] não sofrer bullying. No caso do autismo, ainda existe muito preconceito, as escolas acham que, com os problemas de comportamento, o aluno vai desestruturar a sala de aula.”
Depois de ver o filho Lenin retido com crianças mais novas em uma escolinha particular no bairro onde mora, e nas mãos de professores sem formação para atender às suas necessidades, o designer Eduardo Ferreira dos Santos, de 30 anos, decidiu colocá-lo em mãos mais experientes. “Ele aprendeu muito mais sozinho com o iPad em casa do que na escola”, afirmou Santos.
Neste ano, o designer matriculou o filho de cinco anos no Centro Lumi. Para pagar a mensalidade de R$ 1.485, Santos publicou um pedido na internet para receber doações de amigos. Em algumas semanas, conseguiu levantar cerca de R$ 8 mil, mas vai necessitar de R$ 19 mil para manter o filho na escola especial durante um ano. Agora, o designer tenta encontrar uma empresa disposta a pagar a mensalidade do menino e deduzir o gasto do imposto de renda.
Lenin vai ao Lumi pela manhã, e à tarde tem aula em uma escola municipal que conta com uma Sala de Apoio e Acompanhamento à Inclusão (Saai) e uma professora especializada. Durante o período de adaptação, ela permanece na sala de aula com 29 alunos, três deles com necessidades especiais.
Hércules Ribeiro Antunes foi diagnosticado com autismo aos quatro anos. Hoje, tem 12 anos e estuda na Escola Municipal Pedro Nava (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
Orçamento apertado
Nem toda família, no entanto, consegue pagar um atendimento especial para o filho. “Já corri atrás, mas dizem que [a mensalidade da escola especial] é acima de R$ 800”, diz Maria Lenice Ribeiro dos Santos, mãe do menino Hércules, de 12 anos, diagnosticado com autismo. Ela não trabalha para cuidar dos três filhos, com quem mora em um apartamento de dois quartos em um conjunto habitacional no Rio Pequeno, na Zona Oeste de São Paulo. A família recebe um salário mínimo do governo como benefício garantido por lei à pessoa com deficiência.
Hércules está no sexto ano da Emef Pedro Nava, perto de onde mora. Ele chegou à escola no meio do ano passado, depois que a família mudou de bairro. O menino sabe reconhecer as letras e copiar palavras, mas não consegue ler. Na última segunda-feira (25), sua primeira aula foi de português e, enquanto a professora explicava um exercício sobre substantivos aos demais alunos, Hércules fazia uma tarefa de alfabetização acompanhado de uma professora exclusiva.
“Ele faz atividades de acordo com a habilidade dele, mas dentro do tema trabalhado na sala de aula, para ele se sentir incluído”, explica a professora especializada em inclusão da escola, Márcia Aparecida dos Santos de Oliveira Fausto. Hércules faz atividades na sala especial da escola das 9h às 10h e estuda na sala regular das 13h30 às 15h. “A ideia é que ele vá aumentando o tempo em que fica na escola”, afirmou a mãe.
A dificuldade de Hércules na aula de português reflete outro dado do IBGE: 47,1% da população com algum tipo de deficiência intelectual acima de cinco anos de idade era analfabeta em 2010. Nos casos de pessoas com deficiência visual, auditiva e motora, o índice de analfabetismo caiu para 16,8%, 24,2% e 28,3% respectivamente. A média brasileira, porém, foi de 10,5%, segundo o Censo de 2010.

Saberes e Práticas da Inclusão

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